De burro à personalidade mais próxima
de Deus é o que não falta nos murais das Redes Sociais mais usadas atualmente.
Recuso-me a ir mais profundamente aos detalhes de nomes, rostos, identificações
mais precisas. Os comentários que denigrem e os que santificam são oriundos dos
mais diversos meios sociais. Não dispensam os mais escolarizados e nem somente
incluem os que a maioria chama de “mal-educados”, porque não estudaram um curso
superior.
No Facebook, há uma derrocada em avalanche das mais infelizes gafes. Algumas
chegam a se aproximar da “#Hashtag”.
Mas, o que tem me incomodado enquanto usuária deste ambiente não é a sua existência
enquanto marcador de um debate, discurso ou conversa necessária, às vezes. É a
geração de controvérsias e desentendimentos que levam, quase sempre, a
compreendermos que ali está sendo criada, inventada uma oportunidade de
denegrir ou enaltecer as imagens das pessoas socialmente ou politicamente.
Em tempos de campanha
eleitoral mais ainda. O proveito tirado das também avassaladoras Fake News se associa aos que têm um
comportamento indelicado e facilitam cada vez mais a proliferação da infâmia,
do desajuste identitário dos candidatos e muitas vezes até os tornam
desconhecíveis e muito diferentes do que são na realidade.
Os tempos são difíceis quando
se trata de uso das redes, em especial do Facebook, que é aberta ao mundo,
embora haja restrições de privacidade. É difícil não encontrar alguém que a use
e não tenha pelo menos uma experiência de aborrecimento para narrar, seja de
uma postagem ou comentário inapropriado, invasivo que lhe incomoda.
Na maioria das vezes, usuários
acalentados e embebidos de paixões que são comuns aos seres humanos – como enumera
a filosofia ainda muito válida de Aristóteles – vão ao ambiente de interação
sem refletir que nem sempre o autor de uma postagem quer DEBATER, ás vezes quer
só se colocar, informar, se posicionar sobre um tema. E a sua percepção não vai
mudar por causa de um comentário “chulo”. Sim, porque também é visível que há
comentários que são expostos só mesmo para contrariar, pois, os argumentos são
frágeis, sem sustentação factual perceptível e sem base sistemática, muito
menos científica.
Pior ainda é ver que muitos
nem refletem sobre os problemas que causam às vezes, à imagem do outro ou à sua
própria imagem e que há casos que podem render problemas muito mais complexos,
envolver até processos na justiça.
Os assuntos, como já disse,
são diversos. Mas a política eleitoral tem se destacado nos últimos dias. E o #Deus
nos acuda das Gafes Faceanas, parece
ser a Hashtag mais apropriada.
Por Mônica Freitas
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