O técnico de segurança Luiz Cláudio Nogueira, que
faleceu na explosão do navio-plataforma Cidade de São Mateus na quarta-feira
(11), foi sepultado neste domingo (15), em Mossoró
Foto: Tribuna do Norte |
Esta foi a manchete mais lida enquanto pesquisava para escrever as notícias aqui apresentadas. Porém, um fato me chamou atenção e me incomodou para opinar.
Em uma das matérias, há a informação de que alguns amigos do rapaz que estava sendo sepultado, relataram aos familiares que o técnico já havia se queixado de falhas de segurança na
embarcação e que há relatórios sobre os riscos dentro do navio-plataforma.
Isso revela, o quanto a negligência, o descaso, o "não está nem aí" é corriqueiro nos campos de batalha pela vida enfrentados pelo trabalhador em nosso país. Ora, se não vão cuidar das falhas, para que elaborar relatórios, para que inventar que a segurança existe quando não se dá atenção à falta desta.
A indignação me vem sempre à mente e ao coração. Sei perfeitamente o que é perder um membro da família por falta de segurança no trabalho. Sei exatamente que sentimento se gera no interior quando lembramos que a interrupção da vida de quem amamos ocorre antes da hora por causa de falta de atenção de quem é responsável pela gestão das atividades desta pessoas como trabalhador. E mais, quando sabemos que a pessoa já havia reclamado de tal coisa e ninguém lhe escutou.
Muitos preferem dizer que a pessoa morreu porque chegou a hora, outros definem esses casos com fatalidade. Posso garantir, que o primeiro sentimento no interior de quem perde um ente querido nestas condições é de que nestes casos ocorre nada mais, nada menos do que um assassinato.
Por Mônica Freitas.
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