Fim do Carnaval de Apodi. O silêncio toma posse de seu momento de glória e os restos momescos começam a ser retirados, juntamente cm o saldo de foliões com a famosa "ressaca" que tomam conta dos locais mais apropriados para curá-la: a Barragem de Santa Cruz, os Clubes situados na Zona Rural ou algum local onde eles podem consumir que sobrou da festa ou descansar do embalo de cinco noites seguidas ao som das muriçocas, do vizinho chat, d senta e levanta, da sofrência em ritmo de frevo ou axé, do quadradinho, de curtir com as novinhas, dentre tantos outros termos que tomaram conta das ruas neste período.
E mais uma vez, inegavelmente, não se pode deixar de registrar que o Carnaval de Apodi é tradição, que é do povo e é do folião. E que estes, não são propriamente o povo de nossa cidade, mas o povo de diversas cidades da nossa região Oeste, do Estado em geral e até de outros. As ruas são invadidas, as casas dos moradores sã ocupadas por amigos ou por inquilinos da temporada. O que é certo é que, vemos nas ruas, nos bairros e todas as partes pessoas diferentes, que às vezes nunca aqui estiveram a não ser neste período.
A conclusão é de que o NOSSO CARNAVAL, como costumamos sempre expressar, não é tão individualmente ou "egoisticamente" nosso, meu, seu, de qualquer apodiense e muito menos de quem está à frente da gestão pública. A esta pessoas, seja homem ou mulher, seja de partido branco, preto, azul ou rosa, resta-lhes cumprir o dever de assegurar o que é de direito: ao folião interno ou externo e ao cidadão que não é folião.
Na última noite de Carnaval, durante o Arrastão embalado ao som da Vanda Saia rodada Elétrica, não podemos deixar de perceber no ritmo, no movimento e nos olhos das pessoas que compunham tamanha multidão, A EUFORIA DESPREOCUPADA.
O que se tem presenciado é que, a cada ano há dias e noites em que o carnaval da nossa Terra Querida demonstra sua popularidade, tranquilidade e segurança, além da hospitalidade do nosso povo. As pessoas vêm para brincar e não admitem ser incomodados; e nós, os anfitriões, não admitimos episódios que emporcalhem a nossa festa.
Isso tem se tornado tradição desde a década de 90 do século passado e tem se destacado até então sem nunca perder o brilho. É uma marca clara que se aviva cada vez mais: É NOSSO POVO QUE QUER ASSIM.
Carnaval 2010 |
Carnaval 2011 |
Carnaval 2012 |
Carnaval 2013 |
Carnaval 2014 |
Carnaval 2015 |
As imagens acima representam a linha do tempo dos carnavais de Apodi de 2010 para cá. Vemos que, em nenhuma das imagens a festa deixa a desejar no momento de sua apresentação mais disputada que é o Arrastão realizado a som de Trio Elétrico pelas ruas.
Por Mônica Freitas
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