Novo ministro da educação, Renato Janine |
O novo ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, tomou
posse nesta segunda-feira (06) e em seu discurso fez algumas afirmações acerca
dos problemas pelos quais passa a pasta da Educação Nacional.
O primeiro discurso foi a respeito da colaboração do MEC com
o ajuste fiscal. Renato Janine afirmou que este ajuste, que é conduzido pelo
Ministério da Fazenda para arrumar as contas públicas terá a colaboração do
Ministério. “Assumimos o compromisso de que esse ministério dará sua
contribuição ao ajuste fiscal, que não um fim em si mesmo, mas para melhorar (o
País). O ajuste nos permite delinear o futuro”, defendeu.
De acordo com Janine, assumir o cargo “é um desafio de
primeira grandeza” para ele, até então professor de filosofia e ética da
Universidade de São Paulo (USP). “Acredito que chegou a hora de converter em
solução o bordão que diz que boa parte dos nossos problemas pode ser revertida
com educação”, disse, acrescentando que o País deve “usar a capacidade das
universidades federais” para melhorar o ensino.
Sobre o Programa de Financiamento Estudantil (Fies), que tem
atrasado o repasse a universidades privadas para as quais os estudantes
contratam o financiamento, ele disse que os problemas precisam ser cuidados
para que não se repitam.
O novo ministro abordou ainda as três fases históricas
enfrentadas pelo Brasil nas últimas três décadas, citando desde a
redemocratização em 1985, passando pela estabilidade da moeda no governo
Fernando Henrique Cardoso, até chegar à “terceira agenda” de inclusão social na
administração Lula.
Segundo Janine Ribeiro, depois de cumpridas essas etapas, é
que a Educação será colocada como peça fundamental do desenvolvimento do País,
como foi pedido por manifestantes nas ruas em junho de 2013. “A democracia que
construímos a partir de 1985 é a mais sólida da nossa história”, afirmou. “A
educação torna-se hoje o principal instrumento para consolidar e ampliar os
avanços sociais que desde 2003 colocou na nossa agenda política”, disse.
O ministro observou que democracia plena inclui
qualidade dos serviços públicos. “De minha parte, saúdo o despertar da
consciência pública para que os serviços públicos avancem em qualidade”, disse.
“Se o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) melhorou das cidades ao longo de
três décadas foi porque as pessoas têm direito de organizar e se manifestar”,
avaliou.
Notícia extraída do Jornal Tribuna do Norte.
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