A manchete acima é uma das mais divulgadas nos sites, blogs, imprensa escrita e falada, inclusive apresentada na página oficial do Governo do Estado do Rio Grande do Norte desde a sexta feira, quando iniciou-se este final de semana.
No site oficial do governo o texto inicia-se da seguinte forma:
"O município de Apodi, na região Oeste, vai ganhar a implantação de 2 mil hectares para produção de frutas que vai gerar 2 mil novos empregos diretos. A iniciativa tem o apoio do Governo do Estado que está agilizando os trâmites legais exigidos, processos de autorização ambiental e melhorias nos acessos para transporte de pessoal, insumos e escoamento da produção.'
Logo, também há uma imagem que registra a reunião realizada entre as autoridades que representam, tanto o Estado quanto o Município, acredita-se que com fins de organizarem-se para distribuir as ações que devem finalizar com a entrega desses "dois mil" empregos ao povo de Apodi que necessita deles.
Imagem extraída do Portal do Governo do Estado |
É possível ainda fazer uma reflexão acerca dessa ação, na qual estão envolvidos o governo municipal e o estadual, uma das primeiras atitudes a nível de poder público estadual, em que o representante é o Sr. Robinson Farias, direcionada à nossa Apodi Terra Querida. E vê-se também como um dos pontos de excelência na gestão do prefeito Flaviano Monteiro, uma vez que, na minha opinião é também a primeira das ações que, uma vez concretizadas vai se encaixar perfeitamente em uma das temáticas dos seus discursos "pré-eleição" nas tão conhecidas "Calçadas Cidadãs".
Por muitas vezes, ouviu-se a voz do então prefeito ecoar falando do potencial de Apodi em contraste com o contingente de pessoas que querem trabalhar mas não têm empregos, e que muitas vezes precisam sair da cidade para poder conquistar um espaço no mercado de trabalho.
Dois mil empregos é um número bastante chamativo para a nossa realidade de "desemprego". Mas, logo vem à mente vários questionamentos quando se vê tal nota.
Será que temos potencial técnico para atender essa demanda?
Como vão ser distribuídos esses empregos?
Os filhos de Apodi que mais precisam vão ser atendidos?
Que significado tem a atuação da empresa para o município em termos ambientais, sociais, culturais, econômicos, etc?
São perguntas que, ao meu ver precisam ter respostas, para poder se vê a ação como uma das benfeitorias dos governos que a aceitam como proposta, para o bem do povo.
Não se trata de desvirtuar a ação, o fato, mas de alertar para a necessidade de reflexão sobre os reflexos que certamente existirão, se não houver um planejamento preventivo. Geralmente, o aspecto econômico é o que chama mais atenção. Mas, é bom lembrar que muitas coisas que fazem bem a uma população em geral, ao serem perdidas, jamais poderão ser reavidas apenas com recursos financeiros.
Por Mônica Freitas
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