Historicamente tratadas como mães, filhas, esposas e donas de casa, as mulheres tiveram que travar (e ainda têm) muitas batalhas para hoje não ser apenas o que a cultura machista preservou por tanto tempo. Se por muitos séculos as mulheres foram colocadas de lado, excluídas das decisões políticas e sociais de muitas sociedades desde a antiguidade até os dias atuais, hoje elas se impõem, se movimentam. O Brasil não é uma exceção, já que durante muito tempo excluiu a mulher da vida política e delegou a ela um papel secundário na esfera social que foi construída em uma sociedade totalmente machista e patriarcal. As brasileiras também não fizeram o silêncio e aos poucos, com muitas lutas, foram conquistando seu espaço. Para isso foram necessárias muitas mudanças e quebras de paradigmas.
Nos campos político e econômico, a mulher tem se destacado. No mercado de trabalho, mesmo com algumas diferenças existentes com relação ao tratamento dado pela sociedade, não há como deixar de reconhecer que cada vez mais as mulheres têm buscado e, na maioria das vezes, conseguido se colocar em uma posição que em nada é inferior ao homem. Atualmente é possível encontrar mulheres atuando nas mais diversas áreas nas quais historicamente predominou a presença masculina. Parece que a definição de "sexo frágil" já não é mais tão adequada assim para o mundo feminino, bem como a ideia de que a mulher somente serve para a casa, de preferência a cozinha ou para criar os filhos que não foram reproduzidos somente por elas.
Pesquisas recentemente divulgadas colocam as mulheres brasileiras em uma posição de avanço, embora pequeno, no que duz respeito à presença, formalização e rendimento no mercado de trabalho. De acordo a Secretaria de Políticas do Trabalho e Autonomia Econômica das Mulheres, o aumento da participação feminina foi de 4,5% entre 2000 e 2010.
Acredita-se que há um merecimento maior, que o equiparamento ao perfil masculino é o ideal no que diz respeito às questões salariais e participação social e política. E ainda há uma outra questão que precisa ser fortemente vencida: a violência contra as mulheres. Esta ainda é uma realidade que merece a atenção porque nela está embutida fenômenos culturalmente arraigados no machismo extremo. É nessa parte que reside o maior desafio das mulheres. É preciso vencer o preconceito e a ideia culturalmente assumida pelo homem de que "às fêmeas somente resta aceitar a imposição dos machos".
Portanto, o que o mundo reserva às mulheres é a luta para poder viver, viver e viver em paz. Isto significa entregar verdadeiramente à mulher a sua vida, as suas decisões, sem que seja preciso, por uma delas, ter que sofrer, ser violentada, apanhar ou morrer.
E Feliz 08 de março! Feliz dia das mulheres!
Por Mônica Freitas
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